Rolo,
rolo de papel higiénico,
que limparei eu em ti?

Meu cu?
Meu nariz?
Meu muco salival?
Meu esperma?
Meu sangue de ferida superficial?

Rolo, rolo, rolo,
púcara de café,
púcara de leite,
a mesma púcara,
filha da púcara.

E ratos a acasalar no esgoto mais próximo de
tua casa, enquanto dormes e nem pensas nisso.

António Mascarenhas,
Lisboa, 1936

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